Entre os dias 24 a 26 de fevereiro, a Equipe Montanhismo e Liberdade chega à uma das mais famosas do Brasil e tão sonhada travessia Petro x Terê. A travessia fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) e para realizá-la é necessário comprar os ingressos com antecedência.
Veja um pouquinho de como foi essa conquista!
Enfim, chegou
o grande dia e o sonho já estava sendo realizado, saímos de casa de madrugada,
com destino a Teresópolis onde contrataríamos um táxi que nos levaria para a
portaria do Parque em Petrópolis. Chegando fomos resolver todas as burocracias de
ingressos, comprovantes de pagamentos e termos de responsabilidade. Cada
visitante recebe uma pulseira de identificação que poderia ser retirada do
braço somente ao final da travessia. Ela identifica qual trekking estamos
fazendo.
1º Dia - Portaria x Açu (XX Km)
Fomos liberados!
Começamos a subida às 13h, subida íngreme, mas com trilha bem sinalizada.
Depois de algum tempo de caminhada deparamos com uma cobra atravessando a
trilha. Era uma linda e grande Jararaca que ao nos ver saiu de fininho e tomou
seu rumo. Antes disso, corremos para fotografá-la pra poder mostrar para vocês!
![]() |
A jararaca, uma das serpentes venenosas mais conhecidas do Brasil, é uma espécie típica de Mata Atlântica que possui hábitos noturnos e terrícolas. |
Alguns morrinhos, vários passos dados e
chegamos no chapadão, trecho tranquilo, com belas paisagens. O Sol já se retirava quando avistamos o Castelo do Açu, mas isso não nos impediu de
fazer algumas belas fotos e de apreciá-lo. Ao chegar no abrigo, fizemos o check in e
fomos montar as barracas na área de camping que fica um pouco acima do abrigo. Tomar um banho e preparar a
janta. Nosso cardápio do dia? "Sopa" e refresco, prato ideal para recarregar as energias na noite fria.
No dia seguinte, acordamos
com o tempo tomado pela neblina e subir o mirante era impossível. Fomos tomar o nosso café. Durante
o preparo conhecemos dois mineirinhos de Valadares, o Daniel e o Henrique, gente finíssimas que pediram permissão para caminhar conosco o restante da trilha. Acabaram se tornando membros permanentes da equipe.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp_-inY3bck8BbXLeFwIC6f7o3_y__YO4jpi6M5iM-eDM7I0YQtknnsylKPfzptfu57Ewi1y1db2qgjCnPCxiNv4iu2aYRfXQ1SdADyuu8Pd_xVhVkymknyYG-k7D4NmsGJqVSlpOO6yiu/s400/+%252834%2529.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigdB6nWRJbAyi8BvJrP98gKKa7Se5SF6kFhgZnqoSqB5PA6_9iVcpCNLR1XCzWohiU2Le6hVcDiU8HWnj2b7RIXXCic2MGFmN0POhZG1OsYskjU0uVvdgzg3KJUTIM12_ntfIqIUdQ5Hr5/s400/+%252826%2529.jpg)
2º Dia - Açu x Pedra do Sino x
Portaria (XXY Km)
Todos preparados, hora
de botar o pé na trilha rumo ao Abrigo 4, destino do segundo dia. Entre nós e ele estavam, além da Pedra do Sino, cinco vales. Era um sobe desce bastante exigente, mas quando se trata de montanha estamos sempre preparados.
O trajeto do segundo dia no sentido Petrópolís-Teresópolis traz três bons desafios, o Elevador, o Mergulho e o Cavalinho. São trechos com passadas um pouco técnicas e que dependendo do preparo do grupo exigem o auxílio de uma corda.
Estávamos ansiosos, pois atravessados esses pontos começaria a se revelar a paisagem dos picos que dão nome à serra. Pontiagudos, e dispostos paralelamente, o Dedo de Deus, o Dedo de Nossa Senhora, o Cabeça de Peixe, o Santo Antônio, o São João, o Verruga do Frade, o Agulha do Diabo e o Garrafão parecem mesmo os majestosos tubos de um órgão, instrumento musical.
![]() |
Órgão de Tubos Mosteiro de São Bento - Vinhedo. Imagem: reprodução. |
![]() |
Vista parcial da cadeia de montanhas da Serra dos Orgãos. Imagem: reprodução. |
O Elevador é uma escada de grampo de ferro colocada para dar segurança nos 50 m de subida vertical na pedra. Um pouco mais de caminhada e chegamos no
"mergulho", que é um trecho de encosta que demanda muita atenção, como
estava com muita neblina, usamos uma corda para descer com segurança. Descida
concluída com sucesso, caminhamos até o "cavalinho", uma subida íngreme
com abismo à esquerda, considerado o ponto de maior perigo na travessia. O
primeiro a subir foi o Raul, que fixou a corda no grampo e foi puxando as
nossas cargueiras para cima. Neste trecho a chuva não deu trégua, não
conseguimos avistar nada.
![]() |
Subida no Elevador, 50m bastante íngremes. Um gostoso desafio! |
![]() |
Detalhe dos grampos do Elevador. |
![]() |
Descida no Mergulho, ponto escorregadio em dias chuvosos. |
Superados os desafios do trajeto do segundo dia, seguimos caminhada rumo à Pedra do Sino. Após uma parada na sua base, decidimos subi-la mesmo com uma densa neblina. Não vimos nada,
absolutamente nada da paisagem. Tudo branco, mas ainda assim comemoramos a conquista.
Chegamos no Abrigo 4 com
chuva, eram 14h. Ao perguntar o guarda-parque qual o tempo de caminhada do dia seguinte, fomos surpreendidos com a resposta de que seriam somente mais 4 horas. Nos reunimos e decidimos que
era melhor seguirmos a trilha e acampar no final da travessia, para no dia seguinte pegarmos a estrada descansados.
Nas últimas horas de
caminhada, foi só descida, o que forçou bem os joelhos que reclamaram no final. Hora
de botar o corpo no piloto automático, aí já sabe neh, é cada pedra que a gente
tropeça. Mas pra baixo todo santo ajuda.
O caminho é bem demarcado, nem precisa de GPS, é quase uma estrada. Além do mais é lindo, bem aberto sob a copa de uma mata fechada e cheio de cachoeiras e lagos à sua margem. A trilha termina quando
se atravessa uma porteira, ao lado do último estacionamento da parte alta do parque pela portaria de Teresópolis, daí é só descer por alguns km até o
camping.
Chegamos no camping,
fomos montar as barracas, tomar banho, preparar o rango e descansar. No dia seguinte, antes do retorno, ainda deu tempo de conhecer a sede Teresópolis, comprar lembrancinhas e dar um mergulho na piscina meio natural, meio artificial construída ao lado da sede.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-0Z6mGi8T0ayf54LQWxqtYW7y7Z6R46Us4usx45flEJwTYQkYjIcYfvauLsK43MFNSRRbjepttYskQ8i2jewHGf8Q4zQ058z2M9iqeMXynUm1btQPQNblr283ySxcd6TmRyrpzGlN7O7/s400/+%25287%2529.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário