Montanhismo e Liberdade

terça-feira, 24 de setembro de 2013

10 dicas úteis de sobrevivência vertical

Falar de segurança nunca sai de moda! Então separei 10 dicas de segurança que eu considero essenciais numa escalada.

1- Capacete salva vida! Para mim, a regra é simples: quanto mais fácil e trivial for a escalada, maiores as chances de tomar uma pancada na cabeça. E se você está começando a escalar, use capacete! Você não sabe como faz besteira e não está sabendo disso!
Se acha capacete desconfortável e pesado, digo que, hoje em dia, há no mercado capacetes com menos de 200g! São tão leves que você nem sente que está usando.
2- Inspeção visual - A sua vida depende do seu companheiro de escalada e vice-versa. Por isso, cuide bem dele. Não basta checar se o SEU nó está bem feito ou se a SUA a fivela está passada corretamente. Confira se o seu colega também fez tudo certo antes de começar a escalada. Não leva 5 segundos e é um hábito fácil de pegar.
visual
Inspeção visual antes da escalada. Ver se o nó está bem feito, a fivela passada, freio montado corretamente e o mosquetão travado. Figura: Petzl.com.
3- Backupear sempre ao desequipar uma via - Tudo é passível de falha. Por isso, sempre que tiver oportunidade faça um backup. É um ato simples, rápido e indolor que salva vidas. É comum ver a galera se desencordar no final da via de qualquer jeito sem backupear para passar a corda pela parada. Na sua falésia preferida pode dar certo, mas no dia que for para uma montanha, o buraco é mais embaixo. E com certeza, por sempre fazer errado, sem backup, vai repetir o mesmo erro na montanha.
desequipando
Desequipando uma via. Às vezes algumas pessoas usa só um mosquetão simples da própria costura no passo 2. Funciona, mas é passível de alguma coisa dar errado e desclipar. Se não tiver um mosquetão de rosca, faça um backup com um 2o mosquetão simples com os gatilhos opostos. Fonte: Catálogo Petzl 2013.
4- Nunca confiar em apenas um ponto de ancoragem - O grampo que você está ancorado foi batido por quem? Sabe quantos centímetros tem para dentro? Sabe quando foi batido? Não? Então por que colocar a sua vida em algo que não conhece? Eu mesmo não confio nem nos grampos que eu bati, imagina dos outros.
Quando tiver que descer em apenas um ponto, desça de baldinho usando um prussik passado por dentro da corda que sobe conectado na cadeirinha. Não vai te salvar de uma queda de 20m, mas de uns 5m salva.
descendo
Usando um prussik como backup durante o “baldinho”. 
Outra: Parada de via com apenas um grampo? Passe a “parada”, vá até o próximo grampo, passe a corda e volte para a parada em top rope. Assim duplica a parada e ainda tira o fator 2 da próxima enfiada.
5- Nunca confiar em equipamento abandonado - Isso vale para mosquetões, fitas, costuras, pitons e tudo mais. Quando você abandona um mosquetão, ninguém deixa o seu melhor mosquetão para trás. Fica sempre o mais velho! Então quando for usar um mosquetão abandonado por terceiros, pense nisso. Usar uma fita abandonada por terceiros, nem pensar. A história está cheia de acidentes desse tipo. Se tiver que usar uma fita abandonada, abandone uma fita sua junto. Prefira perder uma fita do que a vida.
6- Cordelete – Cordelete faz milagres. Se você não sabe fazer milagres com um cordelete, aprenda! Se você é um daqueles caras que não gosta de carregar cordelete na cadeirinha porque acha feio, então use um cordelete para amarrar o seu saquinho de magnésio. Assim, no dia que entrar numa roubada, bastar tirar o cordelete da cintura, dar um nó e usá-lo!
7- Rapel com backup – Não interessa se o rapel é de 10m ou 100m. Sempre usar backup com nó (ou trava) auto-blocante. Você não é rapeleiro (que não usabackup), você é um escalador!
backup
Eu particularmente gosto de usar esse método descrito acima. Fonte: Petzl.com.
8- Dar um nó na ponta da corda – Medida extremamente simples que salvou ou deixou de salvar muita gente. O difícil é criar o hábito!
Atualizado depois: A regra vale tanto para o rapel quanto para a descida em baldinho!
9- Sempre fechar a rosca do mosquetão de rosca - Outra medida simples que exige hábito! Se você tem costume de esquecer, use aqueles mosquetões que vem com a marquinha que mostra quando a rosca não está fechada, ou mosquetão com trava automática (my choice!).
10- Vida útil -Todo equipamento de segurança têxtil tem vida útil, mesmo que nunca tenha sido usado! Alguns fabricantes falam em 10 anos, outros em 5 anos. Crie o hábito de fazer uma inspeção visual periodicamente e troque os equipamentos de segurança de tempo em tempo. Não é consumismo, é ter consciência que a sua vida não tem preço!
E lembre-se: a segurança na escalada é uma questão de hábito. Aprenda desde cedo a criar esse hábito. E não se esqueça de que as melhores soluções são as soluções mais simples e a prova de burrice (quando ficamos cansados, ficamos burros!).
Escale seguro, escale consciente!

Referencia: www.naokiarina.com

domingo, 22 de setembro de 2013

Como cultivar plantas aquáticas

Quais plantas aquáticas podem deixar o local mais bonito? Existem espécies que ajudam a manter a água limpa?

Existe uma grande diversidade de plantas aquáticas que podem ser manejadas em lagos. Várias delas apresentam benefícios ao meio ambiente. Enquanto algumas são ideais para manter a água limpa, outras, por exemplo, servem para deixar o lago mais bonito. Há ainda espécies que reúnem as duas finalidades.
Na hora de decidir pelo tipo de planta, a combinação de espécies com funções diferentes é uma boa opção de escolha. Isso porque, se uma delas não se adaptar ou for danificada ou destruída por algum predador, outra continuará viva no lago. Além disso, é bom contar com plantas que desabrocham em épocas distintas. Assim, as chances de manter o local florido a maior parte do ano aumentam bastante.
As plantas de superfície das espécies Eichhornia (como aguapé ou baronesa), Pistia (alface d’água) e Salvinia (marrequinha) são alternativas para “filtrar a água”, como também as submersas Cabomba caroliniana e Myriophyllum aquaticum. A limpeza da água ocorre a partir do processo natural do desenvolvimento dessas plantas. É que, para crescer, elas necessitam retirar os nutrientes presentes no meio aquático, o que elimina a sujeira do ambiente.
A espécie Eichhornia, inclusive, pode ser utilizada em áreas que recebem materiais e resíduos jogados pelo esgoto, até mesmo metais pesados. Porém, é importante ressaltar que a planta pode virar uma praga, caso não receba regularmente cuidados necessários. Se a água possuir nutrientes em abundância, a taxa de reprodução será elevada e toda a superfície do lago será tomada pela vegetação.

                                         




















Espécie Eichhornia

                                                      
                                                     Alface d’agua

Periodicamente, faça a manutenção necessária
Com as próprias mãos, retire o excesso de ramos e as espécies não-desejadas, como plantas invasoras, principalmente gramas.
As espécies flutuantes, quando encontram condições favoráveis, formam uma grande população, recobrindo toda a superfície da água, podendo causar danos em tubinas, dificultando a utilização de barcos, alem de impedir a entrada de luz, levando à morte espécies de plantas submersas, além dos peixes. Também poderá abrigar moluscos transmissores de doenças ou larvas de mosquitos. Por isso, recomenda-se a retirada freqüente de alguns ramos, de modo a evitar a proliferação descontrolada da planta.
Entretanto, vale lembrar que, antes de fazer qualquer alteração na vegetação do lago e em seu entorno, é necessário assegurar que não haja por perto plantas nativas, que são protegidas por lei ambiental.

De acordo com a lei federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, do Código Florestal, são consideradas de preservação permanente áreas “ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais”.

Plantas flutuantes - Podem recobrir toda a superfície da água e necessitam de sol pleno:
Aguapé e Baronesa (Eichhornia crassipes e Eichhornia azurea)

Servem tanto para limpeza da água quanto para ornamentação; as flores são em tons lilases ou azuis e lembram as orquídeas, mas não resistem ao corte para colocar em vasos
Alface d’agua ou Erva-de-Santa-Luzia (Pistia stratiotes)
Essa espécie surgiu na América tropical e é caracterizada pelas flores pequenas e folhas verdes-claras de textura aveludada em forma de roseta; pode ser usada em aquários e alguns peixes a utilizam como alimento
Ninféia ou Nenúfar (Nymphaea)
Corresponde a várias espécies com flores amarelas, purpúreas, azuladas ou brancas, nativas da África, Ásia, Europa e até mesmo do Brasil
Mururê ou Rainha-dos-Lagos (Pontederia rotundifolia)
Oriunda dos trópicos da América, tem flores pequenas, rosadas a lilases, reunidas em inflorescências alongadas
Salvínia, Marrequinha e Erva-de-sapo  (Salvinia spp)
Plantas de beleza delicada, dotadas de folhas ovais, pequenas e aveludadas; parentes da samambaia, não produzem flores, têm capacidade despoluidora; a espécie Salvinia auriculata é encontrada em grande quantidade no pantanal brasileiro, onde é conhecida como orelha-de-onça
Hidrocótile (Hydrocotyle leucocephala)
Apresenta crescimento rápido e se reproduz por estacas; as flores são brancas e pequenas, pouco vistosas, mas as folhas são arredondadas e flutuantes
Vitória-régia (Victoria regia)
Nativa da Amazônia, essa planta é ornamental, mas ainda não foi “domesticada”; como é sensível ao frio, não é uma boa opção para a região sudeste e sul; as folhas são grandes e as flores perfumadas, variando do brando ao rosa.

Plantas palustresDesenvolvem-se em locais encharcados, próximos a lagos e tanques
Cavalinha (Equisetum giganteum)

Planta nativa do Brasil que gosta de brejos e locais úmidos e cresce na beira de lagos; as folhas parecem escamas pequenas e não produzem flores, pois são Pteridófitas (samambaias)
Filodendro e Imbé (Philodendron)
Há diversas espécies nativas do Brasil; as folhas grandes e recortadas são ornamentais, apesar da pouca atratividade das flores que, em geral, têm forma de copo, com cores esverdeadas ou amareladas.

Plantas marginais – Vivem em locais rasos, mas com as raízes e parte do caule com folhas submersos, ambiente propício para abrigar rãs, insetos e outros animais aquáticos. Várias espécies palustres são também marginas como cavalinha, copo-de-leite e filodendro.

Submersas - Crescem embaixo d’água:
Cabomba caroliniana

Nativa do continente americano, é fácil de se multiplicar; é utilizada sobretudo por criadores de peixes, pois o seu volume abriga alevinos, apesar de ser facilmente ameaçada por algas e caramujos; as flores são discretas e as folhas se destacam em aquários
Microsório (Microsorum pteropus)
Trata-se de um tipo de samambaia, cujas folhas são estreitas e alongadas; crescem dentro da água em tufos sobre troncos e até pedras.


domingo, 15 de setembro de 2013

Acampamento no Rancho do Thomas e Rapel na Pedra da Tartaruga

Nos dias 07,08 de setembro de 2013 aconteceu mais uma grande aventura na Serra do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro,saímos por volta das 13:00 em direção ao Rancho do Thomás, em Bom Jesus do Madeira distrito de Fervedouro M-G. Esses dias foram bem proveitosos com um visual exuberante que a natureza nos proporciona sempre. Praticamos Slackline à noite com o som de uma grandiosa cachoeira a poucos metros.
Click nas foto p/ ampliar





No segundo dia fomos fazer Rapel Pedra da Tartaruga, Fazenda do Sr.Nem, com uma vista maravilhosa da Pedra do Pato e Pico do Boné. A Pedra da Tartaruga e maravilhosa com uma surpreendente formação rochosa, dotada de uma fenda no seu interior, onde descemos de rapel. Essa aventura tem o destaque do Luciano Leite presidente do Grupo de Rapel de Ubá (G.R.U), dos irmãos escaladores Daniel e Natanael de São Francisco do Gloria M-G, que avaliou as condições de fixação dos grampos para posteriormente praticar o rapel e o Top-rope, dando total apoio e segurança a todos participantes.















Após o rapel batemos um papo com o Sr.Nem e adquirimos um produto de fabricação caseira( rapadura e melado). Fomos muito bem recebidos por ele e sua esposa, percebemos que eles nos olhava com admiração, generosidade e honestidade de um povo que  vive num lugar onde se preserva a cultura e tradição, são pessoas e lugares  que todos deveriam conhecer e amar. 







Ao final desse dia almoçamos no Rancho do Thomas e partimos em direção a Cachoeira das 3 Quedas no Refugio dos Galdinos. 


A noite tivemos a presença  da Lua e o Vênus.



Acampar num lugar tranquilo e repleto de pessoas que ama a natureza e as aventuras, vale a pena.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Slackline


Slackline é uma fita esticada entre dois pontos fixos, o que permite ao praticante andar e fazer manobras por cima. Algumas variações de slackline incluem “waterline” (slackline sobre água) e “highline” (slackline em grandes alturas, como por exemplo montanhas e pontes), que proporciona uma sensação de adrenalina incrível. Também existem “trickline” (slackline somente para fazer manobras) e “longline” (slackline de distancia longa, normalmente acima de 40 metros), entre outras variações.
Tal esporte iniciou-se em meados dos anos 80 nos campos de escalada do Vale de Yosemite, EUA. Os escaladores passavam semanas acampando em busca de novas vias de escalada e nos tempos vagos esticavam as suas fitas de escalada, através de equipamentos, para se equilibrar e caminhar. O Slackline, também conhecido como corda bamba, significa "linha folgada" e pode ser comparado ao cabo de aço usado por artistas circenses, porem sua flexibilidade permite criar saltos e manobras inusitadas.
No Brasil, o slackline foi bastante desconhecido por muitos anos até virou febre nas praias do Rio de Janeiro em 2010. Hoje em dia, a popularidade do esporte espalhou pelo Brasil inteiro.
Com apenas uma catraca de tensão e fita de 15 metros de comprimento e 50mm de largura facilita a montagem sem precisar de nenhum equipamento adicional.
 Apenas o kit de Slackline e um par de árvores você já está pronto para praticar.