Circuito 360°
A visita ao parque Nacional do Caparaó, ao qual subimos a
partir do município mineiro de Alto Caparaó, começou em 22 de julho de 2016,
acompanhados de amigos de diversas cidades. A partir do ponto denominado Tronqueira,
até onde é possível chegar de carro, subimos 3,7 km, de muita pedra e suor, a
pé até nosso acampamento: Terreirão.
O terreirão foi nosso descanso por poucas horas, visto
que mal chegamos e montamos acampamento, já era chegada a hora de subirmos os
3,2 km que nos dividiam do 3° mais alto pico do país: o Pico da Bandeira.
Deixamos para trás o acampamento às 03:40 horas, e dali aproximadamente duas
horas havíamos alcançado o cume. A sensação é indescritível! Impossível conter
a emoção diante da alvorada vista de um lugar tão abençoado!
Após presenciarmos o nascer do sol, seguimos rumo a
outros três dos dez mais altos picos do Brasil: o Calçado, o Calçado-Mirim e o
do Cristal.
Para chegarmos a estes três, nos embrenhamos pela mesma trilha que leva a galera que parte dos acampamentos situados do lado capixaba do parque ao Pico da Bandeira.
Levamos e deixamos um pouco do que há de bom nos lugares
e em nós mesmos quando pisamos em cada uma das pedras que compõem o lindo
cenário do parque. O espírito da montanha nos contagiou!
O ponto que serviu de cenário a comemorações dignas da
construção de um dos mais belos totens,
modéstia à parte, em simbologia ao respeito àquela natureza exuberante e em
agradecimento à força maior que emana toda a boa energia presente no parque,
foi o cume do Pico do Cristal: o 7° mais alto ponto do país, segundo o IBGE.
A despeito de tombos em meio à mata fechada quando do
retorno ao acampamento, completando a volta de 360°, e das pedras que
enfrentamos (no caminho e na mochila do calouro), a aventura foi digna do
esforço que fizemos para completá-la.
Sobram as saudades dos belíssimos cursos d’água, das montanhas, das pedras (não daquelas escondidas na mochila), dos amigos, do
espírito da montanha, e principalmente, nossos agradecimentos!